Você sabia que o mês de setembro é dedicado à visibilidade da comunidade surda? O seu principal objetivo é combater a exclusão dessas pessoas, estimulando o empoderamento por meio de diversos eventos voltados para a conscientização sobre a acessibilidade, como espaços bilíngues e a comemoração das conquistas obtidas pela comunidade surda ao longo dos anos. Vale destacar que, segundo dados do IBGE, mais de 10 milhões de brasileiros tem algum problema relacionado com a surdez, ou seja, 5% da nossa população. Entre eles, 2,7 milhões não ouvem nada.
Por que setembro?
A escolha do mês de setembro para esse movimento não foi feita por acaso. O mês traz datas importantes, sejam elas lembranças das perdas do passado ou celebrações das conquistas, como:
A campanha também reforça a importância da conscientização e acessibilidade durante o ano todo, porém, diariamente, os surdos precisam enfrentar situações de exclusão e preconceito. Por exemplo, a maioria das escolas ainda não oferece educação inclusiva. As Empresas, por sua vez, ainda têm resistência em oferecer oportunidades de trabalho para os surdos. Segundo pesquisa realizada pela Locomotiva Pesquisa e Estratégia (2020), apenas 37% das pessoas que possuem alguma deficiência auditiva estão inseridas no mercado de trabalho
E a Língua Brasileira de Sinais (Libras)?
A Língua Brasileira de Sinais, também conhecida como Libras, é a língua utilizada na comunicação dos surdos no Brasil. A Lei nº 10.436 tornou a Língua Brasileira de Sinais a segunda língua oficial do país. Como você já deve ter visto nos anúncios do governo, os órgãos públicos e Empresas vinculadas ao governo têm por obrigação ajudar na inclusão dos surdos e na popularização da Libras.
Para que as barreiras da acessibilidade sejam quebradas, é importante que todos os setores da sociedade estejam dispostos a quebrar preconceitos e caminhar no sentido da inclusão.
A inclusão da pessoa surda no mercado de trabalho
De acordo com a legislação brasileira, Empresas com mais de 100 funcionários devem destinar 3% das vagas para pessoas com deficiência física. Infelizmente, isso não significa que a inclusão seja real e que deficientes não sofram preconceito e dificuldades no mercado de trabalho. Por esse motivo, é necessário que as Empresas entendam que é preciso adaptar o ambiente laboral, a fim de deixá-lo mais acessível, algo que não é complexo. Por exemplo, apostar na formação de um Comitê de Inclusão no setor de recursos humanos ajuda a observar as necessidades dos funcionários com perda auditiva e preparar a equipe para recebê-los.
Outra forma de deixar o ambiente de trabalho mais inclusivo para os surdos é incentivar o aprendizado de Libras. Existem muitos cursos de Libras que são gratuitos e totalmente on-line. Basta “dar um Google” para conhecer alguns deles.
Promover um ambiente saudável e inclusivo é dever de toda Empresa, garantindo que o deficiente auditivo tenha acesso a toda estrutura ofertada ao ouvinte, lembrando que ele é capaz de assumir responsabilidades na Empresa e ela consegue contribuir tanto quanto os demais Colaboradores. Além disso, PCDs ajudam os seus pares de trabalho a pensar fora da caixa e encontrar alternativas para problemas que eles não percebiam antes e que podem impactar positivamente a Vida de milhões de pessoas. Pense nisso.
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