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Empreendedor: Como separar as finanças da empresa do dinheiro pessoal

Categorias: Gestão, PME's
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Cada empreendedor sente uma dificuldade diferente de acordo com seu tipo de negócio. No entanto, é muito comum surgir dúvidas sobre como separar finanças da empresa do dinheiro pessoal.

Isso porque organizar as finanças não é um hábito para mais de um terço da população brasileira, de acordo com a pesquisa feita pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviços de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). 

Ou seja, quando se tem o próprio negócio, é possível que as contas da pessoa jurídica acabem se misturando com as da pessoa física. Muitas vezes o dinheiro do caixa é usado para pagar contas pessoais, e as contas pessoais, são usadas para pagamentos diversos corporativos, como salários e benefícios. 

Separar bem as finanças da empresa de sua organização pessoal pode ser um desafio, mas é necessário para a saúde do seu negócio.  

Se eu sou dono do meu próprio negócio, por que é importante separar as duas coisas? 

Alguns empreendedores, principalmente os Microempreendedores Individuais (MEI), e donos de PMEs, pois tendem a olhar para as receitas da empresa como um “salário” da pessoa física por trás do negócio.  

Ao enxergar dessa forma misturamos as finanças da empresa e o dinheiro pessoal. Ou seja, o dinheiro que deveria ser para manutenção do negócio acaba indo para as contas pessoais, como: faturas de cartão, aluguel de espaço, boletos e por aí vai. E é óbvio que isso gera consequências negativas, como: 

  • A sua empresa pode ficar sem reserva financeira para capital de giro, fluxo de caixa ou investimento; 
  • Você pode perder o controle de suas contas pessoais por não saber exatamente o quanto terá para gastar; 
  • Você pode ter problemas de crédito pessoal, justamente por usar a sua pessoa física para conseguir empréstimos para a sua empresa. 

Separe as finanças da empresa do dinheiro pessoal com passos simples

A palavra-chave para organizar tudo de uma vez por todas é controle! O controle financeiro de uma empresa se refere a todas as operações de administração de dinheiro do seu negócio. 

Ele vai te dar clareza sobre a real situação das finanças do seu negócio. E, para isso, é preciso organizar todos os processos, levando em conta: 

  • O monitoramento de suas despesas e receitas; 
  • A gestão tributário precisa e correta; 
  • A análise de dívidas;
  • O planejamento do futuro do negócio;
  • A definição de capital de giro. 

Como primeiro passo, é preciso identificar todas as despesas fixas do seu negócio, como água, luz, telefone, aluguel, entre outras, além do valor das suas retiradas mensais (que correspondem às suas finanças pessoais). 

Só assim você conseguirá entender o que, de fato, a sua empresa está gerando de custos e quanto cada um deles, incluindo as suas retiradas pessoais, representam na receita total do negócio.  

Ao acompanhar e registrar diariamente as entradas e saídas do seu caixa, assim será possível identificar um padrão de movimentações e montar um fluxo de caixa cada vez mais organizado, com o objetivo de monitorar a saúde financeira da sua empresa. 

Os custos têm nome. Então, classifique-os! 

Saber como o dinheiro entra e sai do seu caixa vai permitir classificar cada custo e receita da empresa, como: 

Custos fixos: como dito anteriormente, são os que independem do volume de vendas (aluguel, folha de pagamento, serviços, luz, etc). 

Custos variáveis: relacionados à produção e vendas como matéria-prima, impostos, fretes, comissões, taxas de cartão, etc. 

E os seus ganhos também não podem ficar de fora. É preciso identificar se são recebimento de vendas, investimentos, pagamento à vista ou a prazo, por exemplo. 

Com tudo organizado, é hora de planejar! 

Com suas entradas e saídas organizadas, você já pode elaborar um plano de contas, que é basicamente o controle das contas a pagar e a receber. 

Isso é uma forma de fugir do aperto, conciliando as datas de pagamento de fornecedores e recebimento de vendas, por exemplo. 

Se você sabe exatamente o que precisa pagar e o que tem a receber, basta usar esses dados e o histórico da empresa para estimar o saldo do mês seguinte. 

Agora é hora de olhar para o capital de giro 

Definir o seu capital de giro é essencial para manter as contas em dia, evitar o endividamento e, consequentemente, o pagamento de juros por falta de caixa.  

Esse montante pode ser definido pela multiplicação dos dias totais do seu ciclo financeiro pela média diária de custos da empresa.  

Mais uma vez, não misture finanças da empresa com dinheiro pessoal

Para isso, estipule um pró-labore a ser repassado para o seu bolso todo mês. Sempre lembrando que os ganhos são do seu negócio e para investimento na própria empresa. 

Importante: as suas despesas pessoais precisam se adaptar ao valor do seu pró-labore, não o contrário! Senão, você correrá o risco de “roubar de si mesmo”. 

Para fazer suas vendas crescerem e o seu negócio alcançar grandes posições, é preciso ter foco e disciplina.  

  • Tenha contas bancárias diferentes 
  • Tenha sistemas diferentes para organizar as finanças  
  • Divida e especifique cada reserva de emergência 
  • Invista de acordo com cada tipo de conta 

Quando você separa as contas e se organiza, você toma as rédeas do seu negócio e sabe identificar o que ajuda e o que atrapalha em seu crescimento! 

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