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Três estratégias para voltar com tudo

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Mesmo o mais prudente dos empresários, ao ver o seu setor retomando fica com a pulga atrás da orelha para saber quando será o melhor momento para voltar também. Muito se fala de reabertura, porém o mais certo seria chamarmos de recomeço. Porque o novo normal mudou tudo e ninguém tem realmente certeza do que vai acontecer a partir de agora. Porém duas coisas parecem certas: uma reabertura atabalhoada ignorando os números da COVID-19 e sem testes levará a uma nova quarentena, e que o planejamento é a alternativa certa para o empreendedor que visa a voltar com tudo para esse novo mundo.

Como a primeira certeza não está no nosso controle (e já ganhou o apelido de quarentena iôiô) vamos focar no segundo, dando exemplos de estratégias de sucesso que já despontam como solução para esse momento de instabilidade e de reabertura do comércio. 

Conheça as três estratégias para voltar com tudo:

Clubes de Assinatura:

O Clube de Assinatura é uma estratégia de fidelização de cliente, que ficou famosa com o Dollar Shave Club (que fornece lâminas de barbear mensalmente, além de outros produtos de limpeza pessoal), e com os clubes de vinho (você paga uma mensalidade e recebe periodicamente diferentes estilos dessa bebida em casa). Mas em meio a pandemia do novo coronavírus, diversos setores aderiram a esse método e já apresentam bons resultados. Se você achava que pensar em fidelização de clientes em momentos delicados era utopia, é bom rever os seus conceitos.

Quem adere a esse tipo de estratégia consegue estreitar seu relacionamento com os seus consumidores, além de começar a fazer parte do cotidiano deles. Qualquer empresário pode elaborar um clube de assinatura para chamar de seu, mas é preciso ficar de olho em algumas coisas importantes. Caroline Minucci, consultora de negócios do Sebrae-SP, disse em entrevista, que para atingir o sucesso o primeiro ponto é pensar no produto ou serviço que está sendo disponibilizado. No caso de uma assinatura é ideal que ele tenha um uso recorrente. Ainda segundo Caroline, “você precisa conhecer os hábitos de seu cliente e saber se ele consome esse produto ou serviço de forma contínua”. Para ajudar a ilustrar, vamos nos basear nesse exemplo: se uma empresa vende lâmpadas ela pode fornecer esse tipo de produto periodicamente para outras empresas, escritórios ou lugares onde exista um consumo massivo do produto. Não faz sentido ela querer fornecer lâmpadas mensalmente para um casal que mora num apartamento, por exemplo, que pode até precisar de uma lâmpada nova pontualmente, mas não possui uma demanda recorrente para essa oferta.

Se a gente disse que o self-service estava condenado (pelo menos por enquanto) nesse novo normal, quem trabalha no ramo de restaurantes pode encontrar no clube de assinaturas uma saída. E o melhor, nesse modelo, qualquer oferta pode ser adaptada ao público-alvo. A ideia dessa tática é usar ao máximo a personalização e descontos para atrair e reter os clientes. Ou seja, ao mesmo tempo você pode disponibilizar para quem está de dieta e necessita de refeições equilibradas e também falar com outro estilo de consumidor. Vamos olhar o exemplo de uma pessoa que ama comer feijão todos os dias, mas não tem tempo e nem sabe fazer. Essa pessoa poderia receber apenas feijão todos os dias, num preço adaptado pra essa porção. Parece pouco, mas de grão em grão…

E quando falamos que todos os setores podem se adaptar a essa estratégia, usamos o exemplo da Petlove. Marcio Waldman, fundador e CEO da empresa, comemorou recentemente que o clube de assinaturas está dando certo. “A assinatura é o grande sucesso da nossa loja. Representa 65% do volume de faturamento da companhia e cresce muito mais do que a Petlove cresce por ano”, afirmou em entrevista.

Para operar nesse modelo é preciso ficar de olho: no planejamento. É preciso elaborar todo processo interno de operação, fazer os treinamentos necessários com sua equipe e depois focar em como encantar esse cliente. Vale ter uma atenção especial à logística, já que estamos vendendo itens de necessidade básica para quem recebe, portanto nada de falhas na entrega nem de qualidade do produto/serviço.

Por fim, se você for se aventurar nesse modelo, não se esqueça de manter um bom relacionamento com seus clientes. Vale lembrar que o encantamento começa na comunicação e no atendimento. São os seus clientes que irão indicar a sua empresa para quem ainda está fora do clube de vantagens. Por isso, não se esqueça, mapeie, se comunique, se relacione com seus consumidores e potenciais clientes.

Redescubra o seu próprio universo.

Se o mundo não é mais o mesmo lá fora, por que o seu negócio permanece igual? Essa é a pergunta que faz muito empreendedor se revirar no travesseiro, mas calma! Antes de se desesperar, que tal perder um tempo tentando entender o universo no qual sua empresa está inserida. Foi essa análise que fez alguns empreendedores buscarem alternativas para se manter no mercado. Os donos de academia, por exemplo, viram de um dia para o outro o seu modelo de operação se tornar incompatível com o momento atual. Muitos migraram às aulas virtuais, todavia muitas vezes essa saída (por mais que tenha lados positivos) sozinha não é o suficiente para manter as contas em dia. 

Qual força intangível que o seu negócio possui que pode ajudar a traçar um caminho alternativo? No caso das academias, por exemplo, é possível recorrer às informações que possuem mais valor, sua base de clientes. Sabe quando diziam que a informação detalhada do consumidor seria o petróleo do futuro? É bom entender que esse futuro já chegou há algum tempo. As informações de contato, histórico, frequência de treinos, entre outras, podem servir para guiar estratégias que façam sentido dentro desse universo. Vender produtos da linha fit, refeições focadas em cada tipo de objetivo, personal trainer remoto, serviços de nutricionistas, estão entre as inúmeras possibilidades.

O empresário Felipe Sato, dono da academia Fitclub, aproveitou esse lead qualificado para fortalecer sua empresa nesse tempo de crise (segundo o Sebrae o setor sofreu uma queda de até 72% do faturamento na pandemia). Para manter a empresa ele recorreu à alimentação, que antigamente representava a apenas 20% do faturamento total, mesmo sem nunca ter trabalhado com delivery antes. Ele conseguiu manter todos os funcionários do empreendimento, mas agora focados nessa nova frente de negócio. A ideia inicial de Sato era focar no comércio local, dentro do seu target, mas agora ele já tem pedidos de outros estados e as vendas já dobraram desde que a operação de delivery começou. 

Faz sentido colocar no mesmo universo uma academia com a venda de comidas saudáveis? Agora faz.

Não gaste, invista.

A verdade é simples: muita coisa mudou ou vai mudar, mas é necessário se adaptar às mudanças e, principalmente comunicá-las. Atualmente a maneira mais fácil de fazer essa comunicação passa por boas estratégias de marketing digital ou off-line. Concentrar a informação num perfil oficial nas redes sociais ou num site institucional, continua sendo uma maneira fácil de atingir o seu público de forma mais ágil e com menos custo, porém existem alguns investimentos que o empreendedor pode fazer para otimizar os resultados da comunicação. Aproveite o seu cadastro de clientes para elaboração de uma comunicação por e-mail marketing, ou por aplicativos de mensagem. Caso não saiba como criar uma arte boa para essas plataformas, mande uma mensagem de texto mesmo explicando a nova operação ou faça o bom e velho telefonema.

Muitos empresários fizeram um usuário para vender em grandes marketplaces. É claro, dá visibilidade, rende umas vendas, mas a “comissão” paga pela operação ainda é alta. Nesses casos muitos empreendedores mandam com o pedido uma comunicação visual convidando o novo cliente a conhecer uma plataforma de propriedade da marca. É muito mais fácil e barato você convencer alguém que já conhece o seu produto a voltar a comprá-lo do que alguém que nunca ouviu falar de você. Mas pra isso dar certo você precisa ter um site ágil com layout intuitivo e uma comunicação visual bacana na hora da entrega. Não veja isso como um gasto, veja isso como um investimento.

Claro que você pode investir em outras coisas no digital, como criar impulsionamentos com palavra-chave, pensar no inbound marketing ou em grandes investimentos off-line. Mas quer saber? É preciso aprender voltar a andar antes de querer correr. Por isso, tenha calma, planeje seus investimentos para que eles não se tornem gastos desnecessários.

Empreender é igual a viver, é preciso de segurança para ser feliz.

Fontes:

https://revistapegn.globo.com/Banco-de-ideias/Saude/noticia/2020/06/na-pandemia-academia-fatura-com-venda-de-refeicoes-saudaveis-pelo-whatsapp.html

https://revistapegn.globo.com/Banco-de-ideias/Servicos/noticia/2020/06/clubes-de-assinatura-crescem-com-distanciamento-social.html

 

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