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O ano de 2020, e os desafios da pandemia para o varejo, por Caito Maia

Categorias: Gestão, Insights, Tendências
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Empreender nunca foi tarefa fácil, mas sempre será algo que me move. Por isso, este ano me preparou para qualquer desafio.

Caito Maia – Fundador da Chilli Beans

Há 23 anos à frente da Chilli Beans tenho muita história pra contar. Costumo dizer que vim do menos nada e construí a minha trajetória com muita garra, brilho nos olhos e sempre com o jeito apimentado de tocar os meus projetos. Meu caminho dentro do empreendedorismo nasceu do cenário da música, um dos pilares que exercito diariamente dentro da minha empresa. 

Meu pai era professor de piano e dentro de casa tínhamos todas as inspirações do mercado da música. Comecei com a minha banda, chamada “Las Chicas Tienen Fuego”, viajei o Brasil todo fazendo shows, inclusive, participei do VMA, na época, a principal premiação da MTV. Estudei música na Califórnia, tive o meu primeiro contato com óculos escuros, em Venice Beach. Nessa pegada, como minha veia empreendedora pulsava, coloquei em uma mala 200 óculos e trouxe para vender no Brasil. 

Assim, abri uma importadora e comecei a bater na porta de grandes marcas de moda da época. Todos viraram meus fornecedores. Meu negócio começou a andar muito mais rápido do que eu esperava e eu não tinha fôlego para sustentar. Até em um dia, dois dos meus clientes não me pagaram e eu quebrei. 

Diante das duas opções que tinha, ou voltava pra minha banda, ou apostava no meu negócio de vender óculos, escolhi seguir a minha veia empreendedora e fundei a Chilli Beans. Não queria vender somente óculos, mas sim um acessório de moda, com muita atitude e ousadia. Dessa forma pude expressar o meu jeito de ser, unido ao meu estilo Rock in Roll. 

Hoje, com mais de 800 pontos de venda no Brasil e no mundo, a Chilli é a maior marca de óculos escuros da América Latina. Meus pilares principais são: música, moda, arte e cultura pop, uma marca 100% brasileira, que acredita nos talentos do nosso país e que preza pela diversidade. Encabeçamos as maiores loucuras, os eventos mais inusitados, além, é claro, do nosso navio, o Chilli MOB Cruise, o maior coletivo de música, moda e arte multicultura em alto mar.

O ano de 2020 foi cheio de surpresas. Estamos há quase cinco meses diante de um grande desafio trazido com a pandemia: nos reinventarmos. Costumo dizer que passei por dois momentos muito difíceis este ano, sendo o primeiro deles, a decisão de adiar o nosso navio, que iria acontecer uma semana após todo o comércio fechar no país. A segunda decisão foi, obviamente, a de fechar todas as nossas lojas. Aí estava desenhado o cenário de incertezas, no qual eu precisava ser rápido e dar um norte a todos os meus franqueados e colaboradores.

Dessa forma, coloquei rapidamente todo o meu time para pensar e, de maneira incansável, realizamos diversas reformulações, desde negociações com shoppings e fornecedores, mudanças de calendário, mudanças em nosso showroom, e a maior de todas: a digitalização dos canais da Chilli Beans.

Todos sabem que sou defensor do equilíbrio entre o varejo físico e o on-line. Estamos, agora, em um processo radical de digitalização dos nossos canais, o que chamamos de OmniChilli. Em tempo recorde fizemos uma série de reformulações no nosso site e hoje os nossos clientes conseguem ter uma melhor experiência de compra, na qual podem saber mais sobre a história dos nossos produtos e coleções. Além disso, fomentamos uma série de eventos on-line, contando, inclusive, com a realização da Super Dose, nossa convenção anual que seria feita no navio, que ganhou um formato live. 

Recentemente, lançamos a nossa primeira Live Commerce, experiência inédita no varejo. Criamos uma live temática inspirada no Circo, a Chilli Live Circus, que contou com a presença de celebridades e apresentamos um monte de promoções, com o objetivo de acelerarmos as vendas e fazer o que sabemos de melhor: contar grandes histórias.

Posso dizer que estes cinco meses foram duros, mas me tornaram alguém muito melhor não só como ser humano, mas como empreendedor. Tive que lidar diretamente com meus medos, incertezas e inseguranças, além, é claro, de ter que tomar decisões que envolviam não só o meu negócio, mas como o de muitos empreendedores, meus franqueados. Nesse tempo consegui exercitar a resiliência e aprendi que todos estamos no mesmo barco e temos que remar muito para que o mar não nos engula. Dessa forma, estamos cada vez mais presentes no jogo, com uma marca viva e que se reinventa a todo momento. Que orgulho da nossa pimenta!

 

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